PRIVATIZAÇÃO

O setor privado será sempre mais eficiente do que o setor público pelas razões enumeradas nas postagens anteriores. Existe uma íntima correlação entre eficiência e renda média per capita. Em conseqüência, privatizar aumenta a renda média per capita do país e o bem-estar da população. É gritante a diferença de produção de riquezas entre as empresas privadas e as públicas. O exemplo da Vale do Rio Doce mostra isso com clareza e é por isso que os estatizantes não conseguem “engolir” esta privatização.


As vantagens da privatização são as seguintes:
  1. Aumento da produtividade na atividade privatizada, contribuindo para aumentar a renda do país e o bem-estar da população.
  2. Diminuição da concentração do poder, contribuindo para diminuir a corrupção.
  3. Diminuição do tamanho do setor público, permitindo ao governo focar naquilo que não pode ser privatizado e, em conseqüência, fazer melhor o que lhe cabe.
  4. Aumento da receita do poder público pelo crescimento dos impostos pagos pelas empresas privatizadas, em conseqüência dos maiores lucros proporcionados pela administração melhorada.
  5. Aumento da capacidade de investimento nas atividades privatizadas, em virtude da maior capacidade dos agentes privados de levantarem capital para investir, uma vez que o setor público está superendividado e sem condições de investir.
  6. Aumento dos recursos financeiros do setor público, pelo recebimento da venda das atividades privatizadas, proporcionando condições para a redução da dívida ou aumento dos investimentos públicos.

A grande vantagem da privatização é o aumento da competição. Onde há competição há produtividade, onde há monopólio há acomodação e perda de produtividade. Onde há competição, o consumidor e o cidadão são bem atendidos. Onde há monopólio, o consumidor é escravo e o monopolista o rei.

Se assim é, por que, então, não se privatiza?
A resposta é simples: os governantes têm obsessão pelo poder e acham que privatizações diminuem o seu poder. Por isso, conseguiram impregnar as mentes populares com o falso conceito de que privatizar é prejudicial ao país. Não é. O que importa é a renda da população e ela aumenta com a privatização, porque as empresas passam a ter mais lucro, pagar mais impostos, investir mais e gerar mais empregos. Conseguiram também fazer o povo acreditar que a sociedade é a proprietária das empresas estatais. Teoricamente é verdade, mas, na prática, os governantes são os usufrutuários dessas empresas que são usadas por eles como se fossem os verdadeiros donos.
Os interesses dos governantes não coincidem com os interesses da nação. O problema aqui é o mesmo que ocorre em menor grau com as empresas e é conhecido pelo nome inglês agency. Os interesses dos executivos nem sempre coincidem com os dos acionistas. As empresas fazem o possível para alinhar esses interesses de modo que eles coincidam, dando prêmios pela valorização das variáveis que interessam aos acionistas e agindo por meio dos Conselhos de Administração. As ineficiências causadas pelo agency aumentam proporcionalmente com o tamanho e o número de proprietários da empresa. No caso do setor público é muito mais difícil neutralizar essas ineficiências, pois os donos teóricos, toda a população, além de numerosíssimos, não têm a mínima condição de agir e os representantes da população são os próprios governantes, aos quais interessa manter as empresas estatizadas para:
1. servirem como cabide de emprego para os cabos eleitorais, que vão pagar dízimos ao partido governante;
2. empregar os companheiros que não conseguiram se eleger e também vão pagar dízimos ao partido governante;
3. servirem como moeda de troca para obter apoio político.

2 comentários:

Miro Batista disse...

Não existem desvantagens? Como, diminuição do lucro do governo, aumento de desemprego pq fatalmente funcionários serão demitidos, comprometimento da qualidade do serviço prestado visto que uma empresa privada visa lucro independentemente da qualidade do serviço prestado, entre outras coisas?

Penso que há vantagens sim, porém, existem desvantagens a se considerar. Não dá para ser enfático ao dizer que a privatização é a solução para todos os problemas econômicos das estatais... tudo depende!

O que se deve fazer é uma boa análise, caso a caso, e separar os casos onde se deve privatizar e não privatizar. Do contrário, estará dando de bandeja tudo o que foi gasto em impostos pela população.

flavio ferreira disse...

Concerteza! Concordo com o comentario acima,pois é necessário avaliar bem os setores q pretende-se privatizar,tais como água e energia, será mesmo viável? Tendo em vista serem recursos vitais para a sociedade,e sem contar as fugas de capitais que podem ocorrer entre outros fatores já mencionados acima!