A EDUCAÇÃO E A MERITOCRACIA – IV

Se o objetivo das universidades é fazer o aluno aprender, os sistemas atuais de avaliação são inadequados. Pecam por avaliarem meios e não fins. O antigo provão, com todas as suas deficiências, media o objetivo final e com alguns aperfeiçoamentos seria um bom instrumento de avaliação. Avaliar pela titulação é absurdo. Como disse o especialista Eric Hanushek em recente entrevista a Veja: “as pesquisas não deixam dúvidas: os PhDs não apenas não são necessariamente os melhores professores, como muitas vezes figuram entre os piores”.

A EDUCAÇÃO E A MERITOCRACIA – III

Inicialmente, um breve histórico das universidades no Brasil. Até a chegada de D. João VI, era proibido criar qualquer instituição de ensino superior no Brasil. No século XVIII, os mineradores pediram licença à coroa para fundar uma escola de medicina em Minas, comprometendo-se a arcar com todos os investimentos, custos e despesas. Só queriam a autorização. A razão é que morriam muitos mineradores em virtude das condições precárias em que viviam. A resposta foi célere: só a Universidade de Coimbra estava autorizada a ministrar cursos de nível superior em todo o Império Português e acrescentava: era mais importante manter o monopólio de Coimbra do que salvar vidas no Brasil!!!

A EDUCAÇÃO E A MERITOCRACIA – II

Uma semana depois da publicação da minha postagem anterior, a revista The Economist repetiu o que eu havia afirmado: o ponto mais crítico para aprimorar a educação no Brasil não é a falta de recursos, mas o sistema de gestão.

A EDUCAÇÃO E A MERITOCRACIA - I

É amplamente reconhecida a necessidade de melhorar a educação da população brasileira. Não há dúvida de que um dos gargalos importantes no progresso do país é a falta de qualificação do pessoal. Por isso, fala-se na destinação dos recursos do pré-sal para a educação. Qualquer recurso adicional para a educação é bem-vindo. No entanto, o ponto mais crítico para aprimorar a educação não é a falta de recursos, mas o sistema de gestão.

O TAMANHO DO ESTADO

Um dos pontos críticos para a determinação do modelo econômico de um país é o tamanho do Estado.
Mostramos, nas primeiras postagens deste blog, como o setor público é menos eficiente que o setor privado para promover o crescimento.

Também mencionamos na postagem sobre o liberalismo e o socialismo que se o bem obtido pertencer ao que o produziu a riqueza será criada e aumenta sempre. Se o que for produzido tiver que ser entregue a terceiros, as pessoas param de produzir e a riqueza não aumenta. Esta é a razão do progresso mais rápido dos países que adotam a economia de mercado. Os socialistas crêem erradamente que a riqueza existe na natureza, que ela brota espontaneamente sem esforço, o único ponto a ser considerado é a sua distribuição.

CONHECIMENTO, PODER E CORRUPÇÃO

Muitas pessoas ficam perplexas com a falta de atenção que as autoridades dão à educação. Entra governo, sai governo e é sempre a mesma coisa: a preocupação com a educação é relegada à última prioridade. No fundo, parece-me que a razão disso é muito simples: conhecimento é poder e os que detêm o poder não querem dividi-lo.

O LIBERALISMO E O SOCIALISMO

O liberalismo e o socialismo são dois sistemas opostos.
A essência do liberalismo, conforme diz o nome é o conceito de liberdade. O direito dos indivíduos sobre o seu corpo, sua mente e sobre a propriedade daquilo que cada um produz física e intelectualmente. Foram os liberais que se insurgiram contra a escravidão no século XIX, tanto na Europa quanto no Brasil, opondo-se ao desejo dos conservadores de manter esse regime. Os liberais sempre foram considerados progressistas, porque, de fato, a liberdade facilita o progresso e a criação de riquezas.

OS MALEFÍCIOS DA CARGA TRIBUTÁRIA

Já dissertamos aqui extensivamente sobre a carga tributária, mas nunca é demais voltar a este assunto, porque é o maior entrave ao crescimento da renda no país.
Reporto-me a um artigo do eminente jurista Ives Gandra em que diz: “Paulo Rabello de Castro, em estudo de natureza econométrica para a revista Financeiro de outubro (páginas 14 a 17), demonstra que o aumento da carga tributária tem representado no Brasil constante perda do crescimento do PIB em percentual a cada dia maior. Assim, no denominado efeito "crowding-out" (expulsão), a cada aumento de 1% na carga, o aumento do valor da perda é de 6,7%, considerando o PIB atual, o que vale dizer que, em aumentos de 1%, 2%, 3%, 4% e 5%, a perda seria de 6,7%, 13,4%, 20%, 26,7%, e 33,4% ao ano, respectivamente”.

O MEIO AMBIENTE E A ENERGIA ELÉTRICA

Dois fatores contribuem para o aquecimento do planeta: o ciclo natural da terra e a queima de combustíveis fósseis. A translação da terra em torno do sol se dá segundo uma elipse cujos eixos variam periodicamente de tamanho. Quando a elipse fica mais alongada, com aumento do eixo maior, ocorre uma era do gelo. Quando o eixo maior diminui, e a curva de translação se aproxima de uma circunferência, o planeta fica mais quente. Este é o ponto do ciclo que estamos vivendo no momento. Além do aquecimento normal resultante deste ciclo, temos o efeito estufa, causado pela queima de combustíveis fósseis. Não se sabe com precisão qual a proporção de cada um dos dois fatores sobre o aquecimento.
O fato de uma parte provavelmente significativa do aquecimento ser resultante do ciclo natural do planeta não significa que devamos deixar de lado a preocupação com o efeito estufa, porque é somente sobre este que podemos atuar.