A INEFICIÊNCIA DO SETOR PÚBLICO – 9

REDUZIR O NÚMERO DE CARGOS COMISSIONADOS

A maior parte dos cargos comissionados existe ou para abrigar os cabos eleitorais e os companheiros políticos que não conseguiram se eleger ou para obter apoio no congresso. Eles aumentam o tamanho do Estado e, em conseqüência, os gastos públicos e os impostos, que prejudicam muito a competitividade das empresas e desestimulam os investimentos.
É preciso acima de tudo acabar com o nepotismo, o loteamento dos cargos e a nomeação de amigos e companheiros.
Alguém pode acreditar que esses cargos sejam preenchidos pelo mérito, a partir de uma avaliação séria dos candidatos?

A INEFICIÊNCIA DO SETOR PÚBLICO – 8

REDUZIR DRASTICAMENTE A BUROCRACIA

Nossa terrível burocracia é, em grande parte, conseqüência da nossa herança ibérica, mas não é só isso. Ela é ampliada pelos próprios funcionários públicos, que criam atividades inúteis para aumentar o seu poder e justificar seus empregos. À burocracia exógena, imposta pelas leis, soma-se a gerada no interior da administração pública, que se desenvolve pela ausência de questionamento de hábitos, tradições e valores tidos como certos e imutáveis. Há também o velho problema de criar dificuldades para “vender” facilidades. Segundo Eliezer Batista da Silva, “burocrata é aquele que depois de muito esforço e empenho, consegue transformar uma solução em cinco problemas.”

A INEFICIÊNCIA DO SETOR PÚBLICO – 7

IMPLANTAR NOVA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

Jamais será possível fugir muito da estrutura funcional, que é adotada por todos os países para a administração pública central. É possível, porém, implantar, de fato, o modelo federativo, no qual, em linhas gerais, a administração central corresponderia à União e os centros de resultado aos estados e municípios. Além disso, é possível segregar algumas atividades de execução temporária para se constituírem em projetos, da mesma forma como ocorre na estrutura matricial.

A INEFICIÊNCIA DO SETOR PÚBLICO – 6

DIMINUIR O TAMANHO DO ESTADO

Esta é providência mais urgente e mais importante, pois está vinculada a todas as demais. Não se trata de enfraquecer o Estado. Pelo contrário, o que se deseja é fortalecê-lo. Mas ele será muito mais forte se for menor. A comparação com pessoas é simples: o obeso é mais fraco do que o atleta “seco” e musculoso. O Estado arrecada muito e faz pouco, porque precisa alimentar sua “gordura” de pessoas inúteis.