PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA (2ª Parte)

O agronegócio busca terras, em média, baratas para, com tecnologia avançada, produzir muito e obter o retorno sobre o capital. A agricultura familiar está, na maioria das vezes, em terras mais caras, pois precisa estar mais próxima dos centros urbanos, e precisa produzir alimentos mais caros para obter o retorno desejado sobre o capital. Entre o pequeno produtor de alho, cebola e alimentos orgânicos e o grande produtor de soja, temos milhares de modelos de negócio diferentes em fazendas privadas, em pequenas, médias e grandes empresas e em cooperativas, quase sempre com bastante tecnologia e variados graus de beneficiamento. Todos buscam a remuneração da mão-de-obra e o retorno sobre o capital empregado. Nesse jogo, a commodity tem um preço baixo e precisa buscar um modelo de alta produtividade por hectare em terras mais baratas.

A PRODUTIVIDADE AGRÍCOLA (1ª Parte)

Muito tem sido dito sobre a produtividade agrícola. Quase sempre dando razão aos céticos da estatística que dizem que com estatísticas é possível provar qualquer coisa.
O foco da questão é a produtividade dos assentados (ou a falta dela). Enquanto o CNA baseia suas declarações em uma amostragem que o Ministro do Desenvolvimento Agrário diz ser falha porque não é representativa da totalidade, sem mesmo conhecer a amostra utilizada, este alega que a produtividade dos assentados é alta, porque o IBGE concluiu que a produtividade da agricultura familiar, na qual se incluem os assentados, é superior à do agronegócio.