INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO ENTRE RESULTADOS E RECEITA
A ineficiência do setor público é transferida ao setor privado pelo aumento dos impostos. Não há nenhuma relação entre os resultados obtidos pelo setor público – de mensuração difícil pelo gigantismo da máquina administrativa – e a receita que ele obtém. Quanto mais ineficiente o setor público, maiores os impostos e maior a sua receita.
No setor privado, ao contrário, a receita é uma conseqüência direta da eficiência obtida pela instituição: quanto mais eficiente, maior a receita. Uma empresa ineficiente perde receita e, em casos extremos, fecha as portas. O Estado pode ser totalmente ineficiente sem qualquer influência nos recursos que obtém do público.
A maioria dos impostos é camuflada nos preços dos produtos e os consumidores nem sabem quanto estão pagando ao governo. O retorno sob a forma de serviços públicos ou investimentos não estimula o pagamento e, em muitos casos, a carga tributária exagerada induz a sonegação e quase sempre gera um aumento da informalidade, que tem uma eficiência baixa, diminuindo a produtividade média do país e reduzindo a renda média per capita.
RISCO MENOR DOS ADMINISTRADORES
No setor privado o risco dos administradores é muito maior. As avaliações são constantes e as ineficiências e erros são punidos exemplarmente na maioria dos casos. Uma empresa eficiente organiza-se como uma meritocracia, pois, do contrário, ela corre o risco da falência. A estabilidade do setor público, inevitável para juízes e demais concursados em cargos de carreira que possam ser prejudicados por motivos políticos, dificulta essas punições. A meritocracia depende da mentalidade e do humor dos chefes de plantão.
Nas próximas postagens iniciaremos as sugestões para minimizar os problemas apontados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário