Vamos ser para sempre o país do
futuro? O que falta para esse futuro chegar?
- Precisamos aumentar a renda da população, mas isso depende da produtividade, a qual depende do nível de qualificação da força produtiva, que depende da qualidade da educação, cujo gargalo está no ensino fundamental.
- Precisamos melhorar a distribuição de renda, mas ela é consequência da nossa enorme concentração de educação, especialmente no ensino fundamental, conforme amplamente demonstrado nos exames nacionais e internacionais.
- Precisamos de democratas esclarecidos, capazes de votar melhor, mas isso depende de um bom ensino fundamental.
Poderíamos lembrar dezenas de
outros gargalos que dependem de uma melhora no ensino fundamental. Então, se
tudo depende disso o que fazer?
A baixa qualidade está concentrada
principalmente nas escolas municipais, mas quase todas as prefeituras não têm
nem competência nem recursos financeiros para conseguir essa melhoria.
Não adianta tentar centralizar essa
responsabilidade nos estados ou no governo federal porque isso só pioraria o
problema. Conclusão: temos que proporcionar competência e recursos para que os
municípios promovam essa revolução educacional.
Não se deve centralizar a execução
da educação, mas seria válido centralizar um programa de aperfeiçoamento dos
professores e outro programa de concessão de prêmios aos municípios que
conseguissem os melhores resultados nos exames nacionais.
O ideal seria delegar aos estados a
formação dos professores, que estabeleceriam programas específicos de acordo
com as peculiaridades de cada um. Os professores da rede municipal, assim
treinados, seriam devolvidos aos respectivos municípios.
O Ministério da Educação promoveria
prêmios a serem distribuídos aos municípios e aos professores que conseguissem
alcançar as metas determinadas para os exames de avaliação. Seria interessante
promover verdadeiras gincanas estaduais e municipais para acelerar o processo.
O ensino médio teria que dar mais
ênfase aos cursos técnicos, proporcionando uma profissão aos que não desejam ou
não podem entrar nas universidades.
Não podemos descartar a imensa
contribuição que podem dar as escolas privadas, mesmo para os mais pobres,
mediante a concessão de bolsas ou “vouchers” para pagamento.
Com um programa bem concebido e bem
executado, ao fim de uma geração teríamos resolvido o maior problema nacional.
2 comentários:
É isso aí! Salários dignos, formação e reciclagem de professores, plano de carreira, incentivos. EDUCAÇÃO É A SOLUÇÂO!
Concordo plenamente.
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